terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Mais uma para quem não gosta da bicharada

Há coisas que ainda que não me surpreendam, não consigo evitar ficar de boca aberta.
Um dia desta semana à noite a Rita estava particularmente chorona. Ao cabo de uns minutos o Joka levantou-se e foi para o quarto. Pensamos - "Olha, cansou-se de ouvir a Rita a chorar".
Apareceu logo em seguida com um osso de borracha amarelo (o brinquedo favorito dele), pousou-o aos pés da Rita e ficou a olhar e a dar ao rabo.


E pronto... Digam lá de novo porque é que tiveram que dar o cãozinho???

P.S. Que pena Jokinha não ser assim tão simples... Mas valeu a intenção!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal


É só para dizer "Feliz Natal".
Só para dizer muito obrigado a todos que com os vossos comentários abrilhantam e incentivam a criação de cada novo post.
Só para dizer muito obrigado a todos os que não comentando, vêm a este espaço ler as trapalhadas que por aqui se escrevem.
Só para dizer muito obrigado.
Só para dizer que desejamos a todos um Feliz Natal. Um Natal verdadeiramente especial. Um Natal nem mais nem menos do que o Natal que desejam ter.

Um Natal muito especial à criançada, a Madalena, a Maria, a Bia, o Dinis e o Tomás, o Martim, o Guilherme. O Diogo, a Laura e o Diego. O pequeno Rafa. E prá nossa pipoca... Feliz Natal pirralhinhos!!!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Festas felizes

A Rita nasceu fez anteontem três meses. Passadas quase duas semanas nasceu o Martim, filho de uns amigos do nosso Metier e sobrinho por afinidade. Na semana passada nasceu o Guilherme, também filho de amigos muito próximos e habitués nas festas e churrascadas, por conseguinte... Mais um sobrinho. Antes deles já cá andavam a Maria e a Beatriz com dois anos e meio e oito meses respectivamente. Mais o Dinis, senhor para dois anos e o Tomás, magano experiente e vivido que já cá anda há cerca de um ano. Todos nas mesmas condições.
Ontem fiz anos eu, que também mereço. Pelos motivos mais variados como agenda profissional, ausência do país graças à Troika, jantares de Natal e cansaço extremo provocado por exposição prolongada a choro de putos recém-nascidos só estiveram presentes a Rita (não conseguimos evitar), o Martim e a Beatriz.

Vamos classificar esta experiência como "diferente"...
Para começar, comemos uns de cada vez porque ora chorava um ora chorava outro. Ás vezes choravam dois e no fim da noite para acabar em beleza resolveram fazer um terceto à capela que até os animaizinhos no Zoo taparam as orelhitas (e olhem que o Zoo ainda fica a uns quilómetros).
Em cima da mesa jaziam vazias garrafas de vinho tinto, lambruscco, SuperBock mini e biberões de leite entornados.
Não foi fácil fazer-se ouvir o "Parabéns a você". De luzes apagadas os putos têm tendência a chorar. Nas fotos do eventos a bem dizer só aparecem putos e corpos de adultos com a cabeça cortada.

A meio da noite acordei sobressaltado, acabara de ter uma epinânia (acontece-me muito).
E não é que de agora em diante todas as festas vão ser assim... Só que ainda com mais putos???

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Eles sabem-na toda!

Todos os peticos nascem com algumas predistinações, um conjunto de capacidades, saberes e dons que já vêm pré-programados na versão original de fábrica. Um desses dons, que penso ser comum a todos e não apenas à pequena Rita (pelo menos assim espero) é o de escolher sempre o sítio mais embaraçoso para começar a chorar e a berrar como se tivessem o pirilau entalado no zipper (acreditem as senhoras que é coisa para doer um bocadinho).
Os locais habitualmente escolhidos são sempre aqueles que por um ou outro motivo não podem sair a correr com a vergonha. Todos os olhos estão pousados em vós, tentam de todas as maneiras conhecidas e desconhecidas silenciar os cachopos ainda que o vosso esforço seja completamente infrutífero. Todos os métodos que em casa funcionam ás mil maravilhas, aqui de nada servem. É que simplesmente não vai acontecer. Porquê? Porque é mesmo assim, porque a catraiada desde o dia em que nasce até ao dia em que se casa e o problema passa a ser de outro, vive para nos testar tirando do acto um prazer inexplicavelmente sádico. De que outra forma se explica que mal chegamos ao carro durmam como bezerros com direito a ressonar e a babarem-se?
Porque é que escolhem estes locais? Fácil. Porque têm mesmo que fazer as compras no supermercado, porque têm um grupo de amigos para jantar e a dispensa não não está à altura do acontecimento.
Porque já iniciaram a vossa refeição no restaurante e não podem deixar 60 euros da vossa alma no fundo do prato.
No fundo porque quem inventou os sacaninhas tem um humor que para manter o nível de educação vamos chamar de "peculiar".
A Rita não é diferente do resto do pack. Dorme como uma princesinha o dia inteiro, se não dorme está entretida a contar as pintas do Joka ou a socar os bonecos da espreguiçadeira. Ás seis da tarde, hora de chegada dos vizinhos a casa, começa a cantarolar a sua inconfundível melodia que se ouve no hall de entrada do prédio.
No carro dorme como um anjo até eu abrir o vidro para pedir direcções a alguém (e aqui é o ex-líbris, a Rita a chorar e o Joka que por solidariedade ladra ao desgraçado que desesperadamente se tenta fazer ouvir).
No supermercado chora no exacto momento que vamos a passar por um grupo de velhinhas que por sua vez não se coíbem de lançar o seu "olhar faísca" em sinal de reprovação por tal ser a nossa ineficácia e incompetência em sossegar a petiz.

Acho que é natural, o melhor mesmo é aceitar.
É daquelas coisas da natureza que não vale a pena combater.

"Se não os podes vencer, junta-te a eles"! (Havia de ser bonito nós todos aos berros no supermercado)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Refresco para a alma

A Rita está a entrar numa fase em que se ri por tudo e por nada. Ri-se para a F., ri-se para a televisão, para o Joka e melhor que tudo, ri-se para mim. Ainda que ás vezes chore de birra durante umas horas seguidas levando a minha alma a querer fugir-me do corpo para um abrigo a anos-luz de distância, na volta dá-me um sorrisinho daqueles que não dá para explicar e que me refresca a alma deitando por terra todo o stress provocado pelas duas horas de pranto.

Se os psiquiatras descobrem, começam a receitar sorrisos de bebé para curar depressões!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Troca de fraldas - parte II

Se já todos chegamos á conclusão que as fraldas nunca são suficientes para conter todo o cocó (que riqueza os termos que sou obrigado a usar neste blog), porque é que as fraldas não são maiores???

P.S. De dia para dia a questão do cheiro está a ficar mais complicada de gerir... O meu nariz não estava treinado para isto!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A fita-cola?

Sua Exa. Rita Catita aprendeu a fazer fita. Quando andamos de carro é uma tranquilidade rural, tudo está sereno e até se ouvem os passarinhos. No entanto assim que o carro pára passamos a um nível de pranto equivalente a um centro urbano ás seis da tarde com carros, motas, pessoas, choques em cadeia... E taxistas.
Em casa se está ao colo é domingo á tarde em Baião. Se a pomos na alcofa é sexta-feira á tarde no Porto.
Acho que a magana já percebeu que ás vezes a fita cola...

P.S. No entanto, se continuar assim vai ser despromovida.
Vai deixar de ser a Rita Catita e passar a ser a Rita Cabrita...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

E esta é para vocês...

Esta é para vocês. Só para vocês. Sim... Não olhem para trás, é mesmo para vocês que eu estou a falar... Vocês que me levam a praguejar e a debitar palavrões como se o amanhã não existisse quando resolvem agir demonstrando a vossa verdadeira natureza.
Vocês que abandonam cães quando nasce uma criança...


Não tenho mais nada a dizer!
(Mas se isto fosse num outro blog... Ui o que eu vos dizia...)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

E tudo "ela" Levou!

Os últimos meses têm sido ricos em novas experiências e mudanças não menos que radicais nos hábitos e rotinas do dia-a-dia. Dos hábitos de outrora e dos compromissos económico-sociais muito pouco tem sobrado face a estas novas depesas das quais não podemos fugir. Tudo agora é diferente, há que pensar cada passo e controlar a emoção com que fazemos as coisas que já faziamos antes da "sua" chegada.
Dezembro é por natureza  um mês dedicado ao consumo. Sejamos nós mais ou menos consumistas a verdade é que este mês ninguém escapa a ter que dispender de umas massas, que se multiplicam por dez quando há crianças como é o caso. São umas lembranças para os amigos, uns presentes para a criançada e um miminho mais especial para nós que trabalhamos o ano inteiro e também merecemos. Se em outros tempos era prazeroso e até libertador este ritual de sair em busca de umas coisinhas para os amigos mais próximos, desde que "ela" chegou tem sido uma tarefa relativamente complicada.

É preciso X dinheiro para isto, mais algum dinheiro para aquilo. Agora é preciso mais uns trocos para não sei o quê que surgiu de repente... E quando damos fé é uma pequena fortuna que nos leva todos os meses. A princípio quase nem se notava mas agora começa a ficar difícil levar a coisa com serenidade, o dinheiro não estica e não podemos pendurar a nossa vida numa corda até que esta fase passe.

Reparem... Não é que me esteja a queixar, mas a verdade é que tem sido uma aventura levar a vida desde que chegou a TROIKA...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ortopedia

A aconselho da pediatra vamos levar a Rita ao ortopedista, aparentemente a pimpolha tem uma anca imatura.
A catraia tem 3 meses, esperavam o quê?
Que tivesse uma anca muito adulta e ciente das suas responsabilidades?

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Inocência ou dependência?

Não sei como deixei que as coisas chegassem a este ponto. Nem sei se me considere culpado pois na realidade nem me apercebi até agora, espero que não seja tarde demais. A verdade é que sempre pensei que fosse por brincadeira, por curiosidade, sei lá... Não via maldade nenhuma no que estava a acontecer.
Primeiro era só um bocadinho, só para experimentar. Até fazíamos piadas e eu na minha inocência de quem é novo nestas andanças nem percebi a gravidade do que estava a acontecer bem debaixo do meu nariz.
"Isto é bom para adormecer os putos"  dizia a F.
"Estas imagens tem que ter mensagens subliminares para hipnotizar os catraios" dizia eu e ríamos mal sabia eu que a piada era só minha.
De uma ou de outra forma acho que sempre soube que aquilo viciava a canalhada, mas nunca pensei no efeito que poderia exercer sobre um adulto mais frágil.
Comecei a perceber que algo realmente não estava bem e a dar mais atenção ao caso quando ao chegar a casa surpreendi por várias vezes a F. que apressadamente pegava no comando da TV e tentava disfarçar. Como se eu tivesse nascido ontem...
Deixei o caso andar até ter mais certezas, não queria agir por impulso numa questão tão delicada como esta, até porque a ser verdade tal só se justificaria com uma grande falha da minha parte. Por uma presença ausente, por uma falta de atenção, por uma falta de um carinho ou uma palavra amiga na hora certa... Sei lá.
Esta semana todas as minhas suspeitas se confirmaram. Todos os dias em horários diferentes "apanhei" a F. no vício. Houve inclusive um dia que até adormeceu com aquela porcaria ligada de tão cansada que ficou.
Confrontei-a com os factos mas negou tudo. Mesmo diante de todas as provas negou estar dependente, negou o que não tinha negação possível pois eu vi com os meus olhos, ninguém me contou.
Não sei como resolver isto. Por agora a única coisa que me ocorreu para ganhar algum tempo foi reunir todos os comandos de televisão lá de casa e trazê-los comigo para o trabalho.

Eu não sei como, mas prometo que lutarei com todas as minhas forças e juntos venceremos a dependência da F. no maldito do canal Babyfirst TV!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Chupeta

Quando a Rita chora, normalmente colocamos-lhe a chupeta e ela cala-se
Quando volta a chorar, nós voltamos a pôr-lhe a chupeta. Ela volta a calar-se.
Em noventa por cento das vezes isto resolve a questão.

Que pena não haver chupetas para quando elas são mais crescidas...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Saudades

A cada vez que me cruzo com alguém que já passou de nível neste jogo da paternidade é recorrente dizerem-me - "Ainda vais ter muitas saudades desta fase".
Não digo que não. Aliás, estou certo que sim!
Devo até dizer que estou desejoso de sentir saudades desta fase...

O meu grande dilema neste momento é decidir de que é que vou ter saudades. Eu não sei se sinta saudades das fraldas atómicas, não sei se sinta saudades dos berros ou dos horários trocados. Da perrice na hora das refeições? Não consigo decidir.
Por agora acho que me vou ficar pelos pequenos sorrisos que me vai dando de soslaio e que me fazem derreter, ou talvez pelas vezes que tão subtilmente me adormece deitada em cima do meu peito...