segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Preparar. Apontar. Fonix!!!

Ás vezes tenho uma sensação que não sei se vos é familiar. Aquela sensação de estar frente a frente com um pelotão de fuzilamento, completamente sujeito ao acaso do que pode e do que eventualmente vai acontecer.
Se olhar atentamente para dentro "do cano das armas", vejo lá no fundo "as munições" prontas, mal se contendo, apontadas para mim e sei que por entre o silêncio próprio do momento basta uma ordem, um som ou um espirro para desencadear um bombardeamento que ditará o futuro próximo atingindo-me assim como tudo em volta.
Sinto-me completamente impotente e rezo para que tudo corra pelo melhor e que escape mais esta vez. Rezo por misericórdia, religioso ou não rezo a todos os santos que me protejam neste momento adverso.
Rezo e suo frio perante a incerteza  de saber se o meu anjo da guarda está de serviço.


Nunca vos aconteceu? Pois a mim está a acontecer-me neste preciso momento. Sinto-me ansioso e apreensivo, só peço para acabar rapidamente de dar a sopa à Ritinha e que ela me deixe sair "ileso" sem ter que ir trocar de roupa pela quinquagésima vez...

P.S. Feliz Ano novo!!!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Não é defeito... É feitio!

 Estou verdadeiramente feliz! (a sério)


Acabei de ver no telejornal uma notícia que dá conta de um estudo Alemão que diz que quem tem mau feitio dura mais anos e com mais saúde.
Acho que qualquer pai ficaria radiante perante a notícia de que a sua piolha vai durar tantos anos!!!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal


A Rita já está crescida o suficiente para escrever ela própria os votos de Feliz Natal, assim e em primeira mão, os votos da piquena para todos:

dcd,sçºaslçºwq.,-sx,-.xcm.kdslksa,-xs-.x-.cxçsdçlwçw.xs-S_:s-.s_s_:_:S_Ss_xzºçXZzxçxzºççxzxç

Feliz Natal!

(amanhã pomos aqui o video da Rita a escrever os votos de Bom Natal)

domingo, 23 de dezembro de 2012

Nome de família



Quem nos ouvir ao passar na rua há-de pensar que a miúda se chama Rita Pára Quieta.

Pára da parte da mãe. Quieta da parte do pai!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Fim do mundo

Já há uns dias que a conversa em casa, nos cafés e nas redes sociais não é outra que não o fim do mundo. Fazemos piadas e rimo-nos como uns perdidos. É uma galhofada global.

Hoje depois de chegar do trabalho, estava relaxadíssimo a tomar um banho quente quando as luzes começaram a acender e a apagar ininterruptamente.
Só vos digo que não tivesse eu o osso duro e o coração tinha-me saltado peito fora.
Imediatamente me assaltou a lembrança do Holocausto, o juízo final, os zombies comedores de carne, os tsunamis, os furacões, os meteoritos a atingir a Terra, as hordas do inferno e o seguro de vida que tem que ser pago até dia 30. Como se tivesse molas nos pés saltei da banheira, agarrei o robe (sim, eu tenho uma daquelas misturas entre robe e toalha de banho que não serve para coisíssima nenhuma excepto claro, para o fim do mundo) e às apalpadelas encaminhei-me para a porta da casa de banho. Eis que quando abro a porta vejo tudo turvo, sinto um ardor indiscritível nos olhos e um cheiro curioso a Aloé vera. Olho à volta e o que vejo é nada. Quando olho para baixo vejo o que me parece um pequeno vulto a andar no chão a grande velocidade em direcção a mim. Por instinto, dei um salto para trás e fechei a porta do WC. Que raio era aquilo?
Cuidadosamente abri de novo a porta e com as mãos trêmulas retirei o shampô que tinha nos olhos. Fiquei  mais descansado. Sentei-me e calmamente recuperei o fôlego. Lentamente o coração voltou ao seu ritmo normal e as minhas mãos pararam de tremer. Afinal ainda não era o fim do mundo... Era apenas a Ritinha que desde que aprendeu a brincar com os interruptores nunca mais quis outra coisa!


Feliz dia do fim do mundo 2012 gentes!!!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Prendas de Natal

(o resto do Pai Natal continua em parte incerta)
 
Acredito que, feliz ou infelizmente, a entidade cujo nome não pronunciamos neste blog (apenas o fizemos uma vez e juramos sob código de honra selado com cuspo que nunca mais o faríamos) vos tem enfiado as unhas no bolso tão fundo quanto a mim e que o tema que aqui vou abordar não é novidade para ninguém. Se alguém não se identificar com esta última afirmação faça favor de fechar a página que não queremos aqui políticos nem gestores públicos. E sim Gaspar, tu também não és bem vindo meu pequeno chuleco. Voa pequena pêga, vai apropriar-te para outro lado porque aqui já não há nada a reluzir.

Bom, agora com o espaço purificado, vamos ao que interessa.
Este ano, face ao défice provocado no seio do clã, resolvemos como milhões de Portugueses dar prendas única e exclusivamente aos pequenos. Até aqui o plano para poupar uns euros pareceu-nos infalível. Damos aos petizes, não damos aos pais...

Se: €={2elementos x ±9 casais}= prendas x ½ⁿ= 9 prendas

Mas agora é que a porca torce o rabo (sim, antigamente a porca tinha o rabo a direito).
Quem acompanha este blog sabe da mão-cheia de putos quais pulgas, apareceram por todos os quadrantes nos últimos anos e tal como invasores extra-terrestres, dominaram a nossa vida, transformando irrecuperavelmente o panorma social do Clã. Quem não sabe pode ver aqui.

Então: €={3elementos x ±9 casais}= 27 prendas - (2 elementos/casal) = ∂27,  ≤ 9 prendas    
 Ou seja - problema em ʄ é ∞
 
Conclusão? Não só temos o mesmo (ou maior) número de prendas para oferecer, como as mesmas são mais caras pois não existem "lojas de lembranças para bebé".
Talvez este ano não escreva a tradicional carta ao Pai Natal. Ao invés, vou escrever uma carta ao (cuspam) Primeiro ministro que me andou a encher o saco o ano inteiro, a pedir que agora pare de mo esvaziar!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Rita Catita - Partygirl

 Guilhas (diminutivo macho de Guilherme)

No sábado fomos à festa de comemoração do primeiro aniversário do Guilhas, o terceiro de uma levada de nascimentos no métier. Moço ladino, decidido, motivado e consequentemente, companhia a evitar na puberdade.
À excepção da sua própria festa de aniversário, esta foi oficialmente a primeira festa da Rita Catita! O soirée onde foi dada a conhecer ao mundo da ganapada e onde tínhamos depositado toda a nossa esperança. Meses e meses de treino intensivo projectados neste único dia.

"Chegar, sorrir. Brincar, conviver, partilhar. Sorrir. Dizer adeus e graciosamente sair."

Não tinha como falhar. E o que aconteceu?
Não podia ter-se portado pior nem achincalhado mais a educação que imaculada vem passando de geração em geração, rasgadamente elogiada por altas patentes da vida social e que com tanto carinho e afinco nos esforçamos por lhe transmitir, assim como meu pai me transmitiu, o seu pai antes de si e o seu pai antes de si e por essa árvore genealógica acima até ao primeiro Jay da História.
E o que é que a Ritinha faz?
A Ritinha beija no primeiro encontro. Não contente, tenta beijar todos os rapazes inclusivé os que não querem ser beijados. Tudo quanto mede menos de um metro e não traje de rosa qualifica para a beijoca. Aproxima-se como quem queira brincar ás casinhas e na volta já vai de ideias feitas e com bolinha no canto superior esquerdo. E não quer "selinho" a menina, não... A menina vai de boca aberta e língua de fora como quem se prepara para fazer desaparecer um Double CheeseBurger. Foi vê-los coitados, uns a correr, outros a gatinhar, atropelando-se e chamando por suas progenitoras numa cena digna do National Geografic. Não fosse a gravidade da perspectiva a longo prazo e até tinha sido engraçado.
De cerca de dez crianças presentes na "pista de dança", cinco eram rapazes, duas já não usavam fralda, uma recusou-se a sair do carrinho e sobrou apenas uma do mesmo campeonato da Ritinha. Uma miúda giríssima que lhe estava a fazer sombra desde que chegou até porque era consideravelmente mais alta. Durante meia hora esta criança espalhou estilo rodopiando o seu vestido de Cinderela, mas que após a Rita lhe entornar um copo de sumo de laranja, mais parecia o traje esfarrapado da gata borralheira. Não sabiamos onde nos esconder com a vergonha. Durante o resto da tarde, enquanto o vestido secava lentamente sobre um aquecedor a óleo, a pobre criança ficou sentada numa cadeira com um cobertor sobre as pernas, observando a festa esvair-se a cada minuto que passava.
E a Rita? A Rita estava nas suas quintas, ainda que de forma desleal, tinha o salão só para si. Mas por esta altura já todos os catraios tinham descoberto forma de a despistar, excessão feita ao Rafa, rapaz (que se achava) valente e conquistador. Fugiu passados quinze minutos depois de a Rita tentar enfiar-lhe na boca todos os brinquedos que o Guilhas recebeu de presente e uma caixa com trinta e seis lápis de côr que estavam em cima de uma mesa para entreter a pequenada.

Pelo andar da carruagem e atendendo ao comportamento "exemplar" da Rita depois de um ou dois copos de champomy, estamos de olhos postos na próxima festa que se realiza já daqui a vinte e tal anos...

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Menina das águas - Parte II


 
O fim do dia é sempre uma altura do dia muito complicada e todos os que como nós acharam que seria o máximo ter filhos ao ponto de os chegar mesmo a conceber, sabem exactamente de que falo. Entre tratar do jantar, do passeio do Joka, do banho da Rita e dos restantes affairs* domésticos, nem sempre conseguimos estar constantemente de olho na pimpolha. Sabemos onde está, o que está a fazer e vamos controlando de quando em vez para garantir o que não tem garantia possível, ou seja, que se está a portar menos mal. Já nem pedimos que se porte bem, pois a Rita portar-se bem é como um Cadillac, um sonho antigo mas que sabemos jamais se tornará real.
Hoje após o banho e o jantar da rapariga, enquanto andavamos ocupados a tratar no nosso próprio jantar, a Rita andava ali pela cozinha entretida com o garrafão da água que estava debaixo da mesa. Tudo estava na mais "Santa Paz" até que comecei a sentir os pés molhados e frios. O primeiro pensamento que assaltou o neurónio foi o de uma inundação no prédio. Olho para trás e vejo a Rita que há 3 meses era tão sossegada no seu pikeno mundo de 1mx1m, sentada no meio da água com o garrafão numa mão e a rolha na outra, toda sorridente e encharcada até à fralda... Mas vá, há que encontrar o lado positivo de todas as situações. Fiquei mais descansado quando percebi que afinal a inundação foi local e afectou apenas a nossa cozinha, a sala, o corredor, a despensa e que o Joka sabe nadar ainda que seja à cão.
Eu sabia que este dia havia de chegar, o dia em que a menina vira mulher e está mais forte que nos lembravamos... Ou queríamos lembrar. Mais um passo dado em direcção do dia que entrará em casa com um Abutre pela mão e me dirá...

Pai, tenho uma boa e uma má notícia, qual queres primeiro?

*Só para que se situem, Affairs no contexto doméstico nada tem a ver com mulheres ou homens, não envolve lingeries, champanhe, morangos, chocolate, quartos de hotel ou gente no quarto ao lado a bater com o chinelo na parede e a pedir por todos os santos que os deixe dormir.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Pepe, Pintas e nada de Joka!


Acho que a Rita tem um problema de atitude. A sério, acho mesmo. Até agora não me incomodava e não lhe dei grande importância, até lhe achava uma certa graça, admito. Neste momento com o crescer da moça, o dilema tem-se tornado mais evidente e começa a  refletir-se na forma como trata o resto do clã, ou seja nós abaixo de gente e o Joka abaixo de cão.
É do conhecimento comum que a Rita se recusa terminantemente a dizer "mamã". Já falamos acerca disso neste blog e sob pena de desatar a rir e perder a concentração e objectividade que requer um assunto tão sério, não me vou alongar no assunto. Devo apenas dizer que o que me pareceu na altura um capricho transbordando graça e uma excelente história para contar aos netos, adquiriu agora proporções dignas de preocupação ao nível de um Orçamento de Estado, qui ça até a distância mental que separam o Presidente da República do seu antepassado, o macaco. É grave!

Há uns dias fomos a casa da avó T. que tem um gato. Bastou dizermos uma vez, uma única vez - "Olha o Pepe" que a Rita de imediato repetiu o nome do bichano e nunca mais se calou desde então. É Pepe para cá, é Pepe para lá, é Pepe, Pepe, Pepe, chegando mesmo a irritar e colocar em causa a competência do papagaio da vizinha.
Hoje fomos passear o Joka e cruzamo-nos com um Grand Danois, o "Pintas". Escusado será dizer que quando lhe disse - "Ó Rita olha o Pintas", a ingrata da rapariga gritou de imediato "Pitá! Pitá! Pitá!".
O Jokinha que anseia ouvir o seu nome na voz de Rita Catita vai para uns meses, coitado, olhou para o chão, baixou as orelhas e começou a correr para casa deixando um rasto de lágrimas que até um cego seguia de com uma perna atrás das costa. Não se faz!

Eu acho que ela tem um problema connosco. Repete alegremente tudo quanto é nome que apanha na rua. É de abraços com tudo quanto é cão das redondezas e tenho fé que em pouco tempo será capaz de dizer de memória o nome da equipa principal do FCP e respectivas posições em campo. Lá em casa é que não faz favores.

E só diz papá porque para minha felicidade fui em bom tempo e ainda consegui apanhar uma promoção...


sábado, 1 de dezembro de 2012

Das coisas na puericultura que me fazem confusão - Parte IV

Das coisas na puericultura que me fazem confusão ao ponto de dúvidar do que o futuro nos reserva, há algumas que classificam como coisas que me fazem "mesmo muita confusão". Este livro está no top.


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